segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
sábado, 29 de setembro de 2007
Museu da Escrita do Sudoeste (Almodôvar)
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Ciganos em Castro Verde - Fotografia por Renato Monteiro
As comunidades ciganas em Portugal. Fotografia de Renato Monteiro, guitarra do mago Pedro Jóia.
sábado, 22 de setembro de 2007
Anta da Fonte Coberta
Castro do Pópulo
Também designado de Castro de S. Marcos ou da Touca Rota situa-se na freguesia do Pópulo, concelho de Alijó, distrito de Vila Real.
Trata-se de um povoado fortificado da Idade do Ferro, posteriormente romanizado.
Castro de média dimensão, constituído por duas linhas de muralha, em alguns locais com três metros de altura. Apresenta troços de muralha bem conservados, destacando-se o invulgar aparelho ciclópico.
A segunda linha de muralha delimita um espaço de maior amplitude, uma plataforma, com pequenos derrubes de pedras, possivelmente constituintes de estruturas habitacionais aqui existentes (foram detectados fragmentos cerâmicos típicos da Idade do Ferro). O interior é aplanado e protegido por dois torreões (afloramentos graníticos naturais), a Este e a Oeste.
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Mátria
Pela verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza,
Pelas aves que voam no olhar de uma criança,
Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,
pela branda melodia do rumor dos regatos,
Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego, dos pastos,
Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna,
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz,
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre as portas da História, deixa passar a Vida!
Natália Correia,
O Sol nas Noites e o Luar nos Dias, II
"Tyson Scolari"
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Batucada - Videoclip City of God
O realizador Fernando Meirelles acaba de publicar num blog o diário das filmagens do seu novo filme,«Blindness», baseado no livro Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago.Filmado em diversas cidades do mundo, entre elas Toronto e São Paulo. O endereço do blog é blogdeblindness.blogspot.com.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Quando eu era pequena...
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Ribeira da Atalaia: vestígios do Paleolítico com 300 mil anos
A escavação, realizada este ano pela equipa internacional envolvida, desde 1999, no projecto Tempoar, "Território, Mobilidade e Povoamento do Alto Ribatejo", visa estudar o comportamento dos seres humanos que ocuparam o vale do Tejo na Pré-História e compreender como ocuparam o território, bem como a sua capacidade em gerir os seus recursos e a tecnologia utilizada.
Testes de luminescência (método que dá-nos a última vez que o vestígio esteve exposto ao sol) , utilizados para a datação absoluta dos vestígios , comprovam presença humana no território. Nos diversos estratos foram encontrados vestígios de ocupação ocupação continua desde o homem de Neandertal (300.000 anos) ao homem Sapiens Sapiens (24 mil anos).
Além dos utensílios feitos de seixos lascados, encontraram uma fogueira do Paleolítico Superior, com seixos rolados queimados e alguns estalados pelo fogo e a zona circular delimitada por terra queimada. “Já foram descobertas várias estruturas de combustão no nosso país mas noutro tipo de contextos, em abrigos ou grutas. Esta é ao ar livre e num terraço fluvial, daí a sua singularidade” (Sara Cura, arqueóloga)
Trova do vento que passa
Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
aqueles pra quem eu escrevo.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de sevidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
Música: António Portugal
Letra: Manuel Alegre
Intérprete: Adriano Correia de Oliveira
In: trova ao vento que passa(1963);
domingo, 2 de setembro de 2007
Cidades, Vilas e Aldeias de Portugal
Apresentação;
Uma visitação às terras da Ordem Militar de Avis em 1580;
A conquista de Sesimbra em 1165;
Da carta de foro de D. Sancho I ao foral de D. Manuel;
Contributo para o conhecimento do processo histórico de Sesimbra;
A vila de Alcácer do Sal no século XV;
A integração da Covilhã no património do Infante D. Henrique
Um problema histórico,
Leiria no tempo de D. João III;
Do burgo medieval à cidade-diocese;
Buarcos, Tavarede e Redondos - três povoações no processo histórico de uma cidade: Figueira da Foz;
De Punhete a Constância. Percurso histórico;
S. Cristóvão - uma aldeia alentejana.
Apontamentos para a sua história
Bragança: da vila de fronteira à capital de província;
Notas para uma monografia de Bragança, séculos XII-XVII.
Madeira
(Ribeiro, Orlando. Prefácio de A Ilha da Madeira até Meados do Século XX, 1985, p. 9)
Queixa das almas jovens censuradas
Dão-nos um lírio e um canivete
e uma alma para ir à escola
mais um letreiro que promete
raízes, hastes e corola
Dão-nos um mapa imaginário
que tem a forma de uma cidade
mais um relógio e um calendário
onde não vem a nossa idade
Dão-nos a honra de manequim
para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser assim
sem pecado e sem inocência
Dão-nos um barco e um chapéu
para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro
Penteiam-nos os crâneos ermos
com as cabeleiras das avós
para jamais nos parecermos
connosco quando estamos sós
Dão-nos um bolo que é a história
da nossa historia sem enredo
e não nos soa na memória
outra palavra que o medo
Temos fantasmas tão educados
que adormecemos no seu ombro
somos vazios despovoados
de personagens de assombro
Dão-nos a capa do evangelho
e um pacote de tabaco
dão-nos um pente e um espelho
pra pentearmos um macaco
Dão-nos um cravo preso à cabeça
e uma cabeça presa à cintura
para que o corpo não pareça
a forma da alma que o procura
Dão-nos um esquife feito de ferro
com embutidos de diamante
para organizar já o enterro
do nosso corpo mais adiante
Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino
Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte
Intérprete: José Mário Branco
Música: José Mário Branco
Letra: Natália Correia
O sono na primeira infância e o rendimento escolar
Jacques Montplaisir acompanhou a evolução anual dos padrões de sono dos cinco meses aos seis anos de idade de 1.492 crianças. Foram identificados no estudo quatro grupos, relativamente ao tempo de duração do sono:
i) o grupo dos que dormem «persistentemente pouco» (seis por cento das crianças estudadas) é composto por crianças que dormem menos de 10 horas por noite até à idade de seis anos;
ii) os que «dormem pouco mas progressivamente mais» (4,8 por cento) integra crianças que dormem poucas horas no princípio da infância, mas que começam a dormir mais horas cerca dos 41 meses de idade (cerca dos três anos e meio);
iii) o grupo dos «constantes nas 10 horas» (50,3 por cento), constituído pelas crianças que dormiram sempre aproximadamente 10 horas por noite;
iv) os «constantes nas 11 horas» (38,9 por cento), totalizado pelas crianças que dormiram aproximadamente sempre 11 horas por noite.
Resultados obtidos nos testes:
Grupo i) os resultados de testes de competência em vocabulário realizados às crianças, resultou que os que tinham um sono de curta duração tinham multiplicado por 3,1 o risco de baixo desempenho (teste de vocabulário "Peabody Picture Vocabulary Test-Revised");
Grupo ii) foi observado um baixo desempenho no subteste "Block Design", que testa capacidades visuais, espaciais e motoras. Embora a duração do sono destas crianças melhore aos três anos de idade, o risco de obter baixa pontuação no "Block Design" aos seis anos de idade permanecia 2,4 vezes mais alto quando comparados com as crianças com padrões normais de sono.
Os resultados demonstram também um relacionamento significativo entre a falta de sono e contagens elevadas de Hiperactividade e Impulsividade aos seis anos de idade (3,2 mais alto para as crianças do grupo ii).
O estudo conclui que a falta de sono nocturno pode afectar o desempenho cognitivo e o comportamento da criança na escola, mesmo que os padrões de sono se normalizem, e realça a necessidade de uma criança dormir pelo menos 10 horas por noite, especialmente até aos três anos e meio/quatro.
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Louvado seja...
É a hora. São quatro da manhã. Os homens vão saltando dos beliches à medida que acordam e, ainda ensonados, benzendo-se, respondem ao vigia:
«Que nos remiu em sua Santa Cruz, louvado seja!»
É madrugada e as sombras que cobrem o mar recuam ante a claridade frígida, cor de pérola, que alastra sobre o oceano. Não há brisa, é dia de pesca.
Almoço frugal logo em seguida e, preparados os botes (os dóris), prontos os anzóis, linhas e isco:
«Arriando, com Deus!»
Lá vão, cada qual no seu barquito, para a grande aventura quotidiana. E cada qual pensa, o coração sempre apertado neste momento:
«Voltarei hoje? Ai, minha Nossa Senhora...»
Há um que leva aos lábios uma medalha - Senhora da Nazaré, Senhor dos Navegantes... - que traz pendurada ao peito, outro, disfarçando mal, acaricia o retrato dos filhos que tem oculto no bolso; outro ainda, mais novo, um «verde», em vago sorriso crispado pelo frio e pelo medo, promete como quem reza: « Hei-de fazer a nossa casa com o dinheiro desta viagem, Maria... casaremos pelo Natal!...»
«Arriando , com Deus!»
Todas as madrugadas o capitão os despede com este mesmo grito e, em cada dia, ele fica longo tempo debruçado na amurada, apreensivo, com uma asa nostálgica a sombrear-lhe os olhos duros...
Esta é a pesca à linha, nos bancos da Terra Nova e da Gronelândia.
Quem pesca assim? Só os portugueses, no mundo inteiro!
Lá vão eles: um homem e um barquito frágil... frente ao mar tão forte e tão volúvel, à neblina que pode tornar-se cerrada, ao vento que pode levantar-se rijo...
Um homem sozinho, frente ao infinito!
E cada barco alivia no mar, com a escrita da sua quilha, o peso duma interrogação ansiosa, logo apagada pela espuma leve e branca...
Bernardo Santareno, Nos Mares do Fim do Mundo, 1.ª ed., pp. 19 a 20
Federico Garcia Lorca - Gazzella dell'amore disperato
La notte non vuole venire
perché tu non venga
e io non possa andare.
Ma io andrò
benché un sole di scorpioni mi mangi la testa.
Ma tu verrai
con la lingua bruciata dalla pioggia di sale.
Il giorno non vuole venire
perché tu non venga
e io non possa andare.
Ma io andrò
portando ai rospi il mio garofano morsicato.
Ma tu verrai
nelle cupe cloache dell'oscurità.
Né la notte né il giorno non vogliono venire
perché io muoia per te
e tu per me
Uma ideia original
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Ingrid Bergman (29 de Agosto 1915 - 29 de Agosto de 1982)
«Beijos? Um truque adorável da natureza para parar de falar quando as palavras se tornam supérfulas» (I. B.)
A tradição e a morte
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Parabéns Nélson
Vitis Vinifera: descodificado o genoma
João
domingo, 26 de agosto de 2007
Helena
E ao anoitecer
deixas viver sobre a pele uma criança de lume
e na fria lava da noite ensinas ao corpo
a paciência o amor o abandono das palavras
o silêncio e a difícil arte da melancolia
Al Berto
sábado, 25 de agosto de 2007
"muerde y huye" nos políticos italianos
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Buena Vista Social Club - Chan Chan
De Alto Cedro voy para Macané
Luego a Cueto voy para Mayarí
El cariño que te tengo
Yo no lo puedo negar
Se me sale la babita
Yo no lo puedo evitar
Cuando Juanica y Chan Chan
En el mar cernían arena
Como sacudía el 'jibe'
A Chan Chan le daba pena
Limpia el camino de pajas
Que yo me quiero sentar
En aquel tronco que veo
Y así no puedo llegar
De Alto Cedro voy para Macané
Luego a Cueto voy para Mayar
Massacre da Noite de São Bartolomeu (1572)
Campeonatos do mundo de atletismo Osaka 2007
Porto versus Sporting
Bogotá: uma grande iniciativa de promoção do livro e da leitura
Foram postos a circular títulos de Sófocles, Cervantes, Edgar Allan Poe, Andersen, Oscar Wilde, Anton Tchekov, Julio Cortázar e Gabriel Garcia Marquez, entre outros. Esta campanha de divulgação de livros foi um dos motivos que levaram a UNESCO, a declarar Bogotá «Capital Mundial do Livro 2007».
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Chororapithecus Abyssinicus
Google Sky
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Animais doentes
Também elas
Vespas formigas cabras
De trote difícil e miúdo
Gafanhotos alerta
Pombas vomitadas pelo azul
Bichos de conta bichos que fazem de conta
Pequeníssimas pulgas uma sílaba só
Lagartos melancólicos
Estúpidas galinhas corriqueiras
Tudo tão doente tão difícil
De manejar de lançar de provocar
De reunir
De fazer viver
Ou então as orgulhosas
Palavras raras
Plumas de cores incandescentes
Altos gritos no aviário
E o branco sem uso
Imaculado
De certas aves da solidão
Para dizer
Queria palavras tão reais como chamas
E tão precárias
Palavras que vivessem só o tempo de dizer a sua parte
No discurso de fogo
Logo extintas na combustão das próximas
Palavras que não esperassem
Em sal ou em diamante
O minuto ridículo precioso raro
De sangrar a luz a gota de veneno
Cativa das entranhas ociosas.
Alexandre O´Neill
Pena de morte
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Paisagem
Região entre os rios Purus e Madeira (Amazónia), uma das mais ricas do planeta em ambientes e biodiversidade.
Hitler em versão cómica
"Mein Fuehrer: The Truly Truest Truth About Adolf Hitler", de Dani Levy, é o primeiro filme produzido na Alemanha a satirizar o ex-líder nazi.
Estreia em Janeiro
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Tão bonita que eu sou
A actriz Nicole Kidman vai juntar-se a Ralph Fiennes num drama sobre nazismo do realizador Stephen Daldry que a dirigiu em 'As Horas'. Enquanto não chega às salas de cinema, aguardamos...
O capitalismo está em todo o lado
Papua Nova Guiné, Monte Hagen : Homens-cobra Warakala reúnem-se para abertura do 46º Show Anual Cultural na cidade.
Novo timoneiro
domingo, 19 de agosto de 2007
Poema Enjoadinho - por Elis Regina, Dina Sfat, Regina Duarte
Especial de Elis Regina (dirigido por Miele) na Rede Globo. "Poema Enjoadinho" de Vinicius de Moraes, interpretado pelas três, todas juntas falando sobre FILHOS.
Filhos... Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem shampoo
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!
"Antologia Poética", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 195.
O Haver - Vinicius de Moraes (participação de Edu Lobo)
O Haver - poesia declamada pelo autor, no disco "Vinicius de Moraes - Antologia Poética"
Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
- Perdoai! eles não têm culpa de ter nascido...
Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo que existe.
Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer balbuciar o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.
Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.
Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir na madrugada passos que se perdem sem memória.
Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera cega em face da injustiça e do mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de sua inútil poesia e de sua força inútil.
Resta esse sentimento da infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa tola capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem de comprometer-se sem necessidade.
Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será e virá a ser
E ao mesmo tempo esse desejo de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não têm ontem nem hoje.
Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante.
E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.
Resta essa obstinação em não fugir do labirinto
Na busca desesperada de uma porta quem sabe inexistente
E essa coragem indizível diante do grande medo
E ao mesmo tempo esse terrível medo de renascer dentro da treva.
Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem história
Resta essa pobreza intrínseca, esse orgulho, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.
Resta essa fidelidade à mulher e ao seu tormento
Esse abandono sem remissão à sua voragem insaciável
Resta esse eterno morrer na cruz de seus braços
E esse eterno ressuscitar para ser recrucificado.
Resta esse diálogo cotidiano com a morte, esse fascínio
Pelo momento a vir, quando, emocionada
Ela virá me abrir a porta como uma velha amante
Sem saber que é a minha mais nova namorada.
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Primeiro CD player
Foto:/AFP
CD
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
You Are Always on my Mind Elvis Presley Tribute
Maybe I didn`t treat you. Quite as good as I should have.
Maybe I didnt love you. Quite as often as I could have.
Little Things I should have said and done.
I just never took the time.
You were always on my mind (2X)
Maybe I didnt hold you. All those lonely, lonely times.
And I guess I never told you. Im so happy that you`re mine.
If I make you feel second best, girl Im sorry I was blind
You were always on my mind (2X)
Tell me. Tell me that your sweet love hasnt died
Give me. Give me one more chance to keep you satisfied,
Satisfied
Little Things I should have said and done.
I just never took the time.
You were always on my mind (2X)
You were always on my miiiiiiiiiiiinnnnnnnndddd..
Maybe I didnt treat you. Quite as good as I should have.
Maybe I didnt love you. Quite as often as I could have.
Maybe I didnt hold you. All those lonely, lonely times.
And I guess I never told you. Im so happy that you`re mine
Elvis Presley-Unchained Melody (1977)
Oh, my love, my darling
I've hungered for your touch, a long lonely time
And time goes by, so slowly and time can do so much
Are you, still mine?
I need your love, I need your love
God speed your love to me
Lonely rivers flow to the sea, to the sea
To the waiting arms of the sea
Lonely rivers cry, wait for me, wait for me
To the open arms, wait for me
My love, my darling, I've hungered for your kiss
Are you still mine?
I need your love, I need your love
God, speed your love, to me
Elvis Presley ( In the ghetto ) edited djf
As the snow flies
On a cold and gray Chicago mornin'
A poor little baby child is born
In the ghetto
And his mama cries
'cause if there's one thing that she don't need
it's another hungry mouth to feed
In the ghetto
People, don't you understand
the child needs a helping hand
or he'll grow to be an angry young man some day
Take a look at you and me,
are we too blind to see,
do we simply turn our heads
and look the other way
Well the world turns
and a hungry little boy with a runny nose
plays in the street as the cold wind blows
In the ghetto
And his hunger burns
so he starts to roam the streets at night
and he learns how to steal
and he learns how to fight
In the ghetto
Then one night in desperation
a young man breaks away
He buys a gun, steals a car,
tries to run, but he don't get far
And his mama cries
As a crowd gathers 'round an angry young man
face down on the street with a gun in his hand
In the ghetto
As her young man dies,
on a cold and gray Chicago mornin',
another little baby child is born
In the ghetto
Elvis Presley ( don't be cruel ) djf
Baby if I made you mad
for something I might have said
Please let's forget the past
the future looks bright ahead
Don't be cruel to a heart that's true.
I don't want no other love
Baby it's just you I'm thinking of.
Don't stop thinking of me,
don't make me feel this way,
Come on over here and love me,
you know what I want you to say.
Don't be cruel to a heart that's true.
Why should we be apart?
I really love you baby, cross my heart.
Let's walk up to the preacher
and let us say I do,
Then you'll know you'll have me,
and I'll know that I'll have you,
Don't be cruel to a heart that's true.
I don't want no other love,
Baby it's just you I'm thinking of.
Don't be cruel to a heart that's true.
Don't be cruel to a heart that's true.
I don't want no other love,
Baby it's just you I'm thinking of
Elvis Presley - Can't Help Falling In Love
Wise men say
Only fools rush in
But I can?t help falling in love with you
Shall I stay
Would it be a sin?
If I can?t help falling in love with you
Like a river flows
Surely to the sea
Darling so it goes
Some things are meant to be
Take my hand
Take my whole life too
For I can?t help
Falling in love with you
Like a river flows
Surely to the sea
Darling so it goes
Some things are meant to be
Take my hand
Take my whole life too
For I can?t help
Falling in love with you
For I can?t help
Falling in love with you
Elvis Presley ( all shook up ) edited djf
A well I bless my soul
What's wrong with me?
I'm itching like a man on a fuzzy tree
My friends say I'm actin' wild as a bug
I'm in love
I'm all shook up
Mm mm oh, oh, yeah, yeah!
My hands are shaky and my knees are weak
I can't seem to stand on my own two feet
Who do you thank when you have such luck?
I'm in love
I'm all shook up
Mm mm oh, oh, yeah, yeah!
Please don't ask me what's on my mind
I'm a little mixed up, but I'm feelin' fine
When I'm near that girl that I love best
My heart beats so it scares me to death!
She touched my hand what a chill I got
Her lips are like a vulcano that's hot
I'm proud to say she's my buttercup
I'm in love
I'm all shook up
Mm mm oh, oh, yeah, yeah!
My tongue get tied when I try to speak
My insides shake like a leaf on a tree
There's only one cure for this body of mine
That's to have the girl that I love so fine!
Elvis Presley - Jailhouse Rock (Music Video)
The warden threw a party in the county jail.
The prison band was there and they began to wail.
The band was jumpin' and the joint began to swing.
You should've heard those knocked out jailbirds sing.
Let's rock, everybody, let's rock.
Everybody in the whole cell block
was dancin' to the Jailhouse Rock.
Spider Murphy played the tenor saxophone,
Little Joe was blowin' on the slide trombone.
The drummer boy from Illinois went crash, boom, bang,
the whole rhythm section was the Purple Gang.
Let's rock, everybody, let's rock.
Everybody in the whole cell block
was dancin' to the Jailhouse Rock.
Number forty-seven said to number three:
"You're the cutest jailbird I ever did see.
I sure would be delighted with your company,
come on and do the Jailhouse Rock with me."
Let's rock, everybody, let's rock.
Everybody in the whole cell block
was dancin' to the Jailhouse Rock.
The sad sack was a sittin' on a block of stone
way over in the corner weepin' all alone.
The warden said, "Hey, buddy, don't you be no square.
If you can't find a partner use a wooden chair."
Let's rock, everybody, let's rock.
Everybody in the whole cell block
was dancin' to the Jailhouse Rock.
Shifty Henry said to Bugs, "For Heaven's sake,
no one's lookin', now's our chance to make a break."
Bugsy turned to Shifty and he said, "Nix nix,
I wanna stick around a while and get my kicks."
Let's rock, everybody, let's rock.
Everybody in the whole cell block
was dancin' to the Jailhouse Rock.
Elvis Presley - Love me tender
Love me tender,
love me sweet,
never let me go.
You have made my life complete,
and I love you so.
Love me tender,
love me true,
all my dreams fulfilled.
For my darlin' I love you,
and I always will.
Love me tender,
love me long,
take me to your heart.
For it's there that I belong,
and we'll never part.
Love me tender,
love me dear,
tell me you are mine.
I'll be yours through all the years,
till the end of time.
(When at last my dreams come true
Darling this I know
Happiness will follow you
Everywhere you go
Elvis Presley - Hound Dog
You ain't nothin' but a hound dog
cryin' all the time.
You ain't nothin' but a hound dog
cryin' all the time.
Well, you ain't never caught a rabbit
and you ain't no friend of mine.
When they said you was high classed,
well, that was just a lie.
When they said you was high classed,
well, that was just a lie.
You ain't never caught a rabbit
and you ain't no friend of mine.
"O Rei do Rock"
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
Clocks - Buena Vista Social Club
Lights go out and I can't be saved
Tides that I tried to swim against
You've put me down upon my knees
Oh I beg, I beg and plead, singing
Come out of things unsaid, shoot an apple off my head and a
Trouble that can't be named, tigers waiting to be tamed, singing
You are, you are
Confusion never stops, closing walls and ticking clocks, gonna
Come back and take you home, I could not stop, that you now know, singing
Come out upon my seas, curse missed opportunities, am I
A part of the cure, or am I part of the disease, singing
You are, you are, you are, you are
You are, you are
And nothing else compares
Oh no nothing else compares
And nothing else compares
You are (in background)
Home, home, where I wanted to go,
Home, home, where I wanted to go,
Home, home, where I wanted to go,
Home, home, where I wanted to go.
Independência da Índia
Ghandi e Nehru os grandes lideres da independência indiana
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
O Muro de Berlim
domingo, 12 de agosto de 2007
Era assim há 26 anos
Afonso XI de Castela
Na consolidação do território é de salientar a vitória sobre os mouros em 1340, na batalha do Salado, que teria a participação do rei português Afonso IV. Como consequência desta vitória, conseguiu levar as fronteiras cristãs até ao Estreito de Gibraltar e conquistar o Reino de Algeciras em 1344, de acordo com a paz assinada com os reinos de Marrocos e de Granada.
Chuva de estrelas Perseidas
sábado, 11 de agosto de 2007
Edith Piaf - La Vie En Rose - 1954
Des Yeux Qui Font Baisser Les Miens
Un Rire Qui Se Perd Sur Sa Bouche
Voila Le Portrait Sans Retouche
De L'homme Auguel J'appartiens
Quand Il Me Prend Dans Ses Bras,
Il Me Parle Tout Bas
Je Vois La Vie En Rose,
Il Me Dit Des Mots D'amour
Das Mots De Tous Les Jours,
Et Ca Me Fait Quelques Choses
Il Est Entre Dans Mon Coeur,
Une Part De Bonheur
Dont Je Connais La Cause, C'est Lui Pour
Moi, Moi Pour Lui Dans La Vie
Il Me L'a Dit, L'a Jure Pour La Vie,
Et Des Que Je L'apercois
Alors Je Sens En Moi, Mon Coeur Qui Bat...
Des Nuits D'amour A Plus Finir
Un Grand Bonheur Qui Prend Sa Place
Les Ennuis, Des Chagrins S'effacent
Heureux, Heureux A En Mourir
Degelo
Madeira perdoa dívida dos clubes à segurança social
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Ney Matogrosso - Poema
Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás